Onde há mar, há sardinha, e onde há sardinha, há festa

Há quem diga que em Matosinhos se ouve o mar a falar. Em maio, ouve-se também o acordar das grelhas, o riso nos passeios, a pressa dos passos que descem à lota, e o cheiro a sardinha assada que se instala no ar como um hino invisível à cidade.
Maio é o mês da abertura da época da sardinha, e em Matosinhos isto é quase uma religião, um ritual ancestral, uma desculpa gloriosa para sair de casa e fazer da rua um banquete.

A sardinha, a prata do mar
Diz o povo que “sardinha fora de época, nem dada.” E em Matosinhos, leva-se isso a sério. A partir de maio, o mar começa a devolver sardinhas gordas, prateadas e com os olhos vivos. O seu ciclo natural está no auge, e as grelhas alinham-se como soldados de um batalhão bem treinado.
Este peixe modesto, que noutros países é enlatado ou esquecido, em Portugal tem direito a altar: é símbolo de festa, de verão que se aproxima, de comunidade reunida. A sardinha é memória, é infância, é o São João que se anuncia antes do tempo.

Como se come a sardinha em Matosinhos?
Sem cerimónias, mas com devoção. A sardinha boa não precisa de talheres nem de floreados. Pede pão de milho ou broa, pede mão firme e apetite verdadeiro.
A tradição manda que se prepare na brasa, sem molhos, sem truques. Apenas sal grosso e carvão bem vivo; que seja servida com pimentos assados, regados com azeite, alho e vinagre ou sobre uma fatia de broa, que vai absorvendo o sabor e a gordura. É a chamada “sardinha no pão”, simples e inesquecível.

Dica de ouro do pescador
Há quem diga que a melhor forma de saber se a sardinha está no ponto é ouvir o estalar da pele a abrir. Outros confiam no aroma. Mas os sábios da lota dizem: a sardinha boa deixa rasto no pão…e na alma.
Onde comer em Matosinhos?
É difícil errar. Da Rua Heróis de França à zona da lota, há dezenas de restaurantes que vivem da relação íntima com o mar. Muitas vezes, a melhor sardinha é a que se come na rua, com amigos, ao fim da tarde, enquanto o céu começa a vestir-se de cor-de-laranja.
Um ritual com história
A sardinha já alimentava pescadores na época romana, mas foi no século XX que passou a reinar nas festas populares. Em Matosinhos, está ligada à vida dura da pesca, às varinas que a vendiam aos gritos, e à fé em São Pedro e na Senhora do Bom Sucesso, a quem se agradecia quando o peixe era abundante.
Hoje, continua a ser sinónimo de fartura. E de orgulho. Em cada sardinha assada há séculos de saber e um gesto de resistência contra a pressa do mundo.

Venha provar Matosinhos em maio
O Hotel Amadeos é o ponto de partida perfeito para mergulhar neste ritual. A dois passos dos melhores restaurantes, das festas locais e do cheiro a sardinha no ar, é o lugar ideal para descansar depois de um jantar. Reserve já a sua estadia e descubra como um peixe pequeno pode ser o maior motivo para celebrar a vida.
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